Como Orgulho e Preconceito se tornou o meu livro favorito

 Olá, pessoal. Eu estou completamente embasbacada e perplexa. COMPLETAMENTE. Não consigo nem falar de trivialidades para começar essa resenha especial (que é, obviamente, nada perto do que esse livro de fato merecia). Então cliquem em LEIA MAIS para ler meus comentários altamente positivos sobre essa obra, sobre essa autora e qualquer coisa relacionada a ambas as coisas.

SINOPSE: Na Inglaterra do final do século XVIII, as possibilidades de ascensão social eram limitadas para uma mulher sem dote. Elizabeth Bennet, de vinte anos, uma das cinco filhas de um espirituoso, mas imprudente senhor, no entanto, é um novo tipo de heroína, que não precisará de estereótipos femininos para conquistar o nobre Fitzwilliam Darcy e defender suas posições com perfeita lucidez de uma filósofa liberal da província. Lizzy é uma espécie de Cinderela esclarecida, iluminista, protofeminista. Neste livro, Jane Austen faz também uma crítica à futilidade das mulheres na voz dessa admirável heroína recompensada, ao final, com uma felicidade que não lhe parecia possível na classe em que nasceu.

 Antes de mais nada eu preciso esclarecer uma coisinha: não sei se você reparou no título do post, mas se o fez deve ter ficado surpresa (ou deixado esse detalhe passar) com uma coisinha em especial. Eu coloquei Como Orgulho e Preconceito se tornou O meu livro favorito (com entonação especial no "o"). Reparem que eu não coloquei "um de meus livros favoritos". O que significa que elegi essa obra como a minha favorita da vida toda. Como o melhor livro que já li. Vocês realmente não sabem como isso é algo difícil pra mim, eu sou completamente indecisa, mas ao terminar essa leitura eu simplesmente sabia que nunca tinha lido uma obra igual a essa. Então abri uma página na internet e resolvi convencer vocês todos a lerem essa história, porque quando um livro te causa sentimentos tão pungentes é simplesmente impossível não querer que todos sintam a mesma coisa.

 Essa obra é tão genial que eu nem sei por onde começo, mas preciso avisar sobre o fato de que esse post nunca vai ficar bom o suficiente para expressar o quanto eu amei essa trama em diferentes níveis. NUNCA. 

 Minha história com esse livro é velha, partia de vários comentários e recomendações de blogueiras  sobre a obra, sobre a autora. Eu não vou mentir: nunca tive vontade de ler o livro, sempre dizia que quando surgisse a oportunidade iria agarrar e usava essa mentira para enganar a mim mesma. Então vi o livro no catálogo da L&PM (que anda me enviando obras tão boas que é simplesmente impossível não amá-la) e acabei solicitando. Seja por descarrego de consciência ou por uma predestinação do universo (viajei total).

"Nada é mais ilusório do que a aparência de humildade. Muitas vezes não passa de pouco caso e, em outros, de uma arrogância indireta."

 Então o livro chegou, não nutri expectativas (o que foi ainda melhor, já que acabei encontrando uma obra tão boa em um lugar que não poderia imaginar e se surpreender não anda fácil) e, de quebra, fiquei com medo de fazer resenha, porque quem acompanha o blog sabe que não costumo resenhar clássicos ou livros que todo mundo já leu. Mas corri o risco, me aventurei na leitura e nunca tive emoções tão conflitantes e pungentes em uma única leitura.

 Primeiro que a autora escreve de forma primorosa, cria tramas e situações pouco óbvias, não tem pressa em fazer as coisas acontecerem (o que castigou meu coração e tornou tudo ainda melhor quando aconteceu de fato) e me cativou por completo.

 Os personagens do livro são altamente complexos, realistas, bem caracterizados, humanos, verossímeis, passíveis de erros e, acima de tudo, completamente interessantes (ainda que nem todos fossem, de fato, cativantes). Anda difícil encontrar personagens que te interessem de fato em meio a tantas obras, que se destaquem e te faça pensar que nunca vai esquecê-los, porque sim, eles são marcantes a esse ponto.

 Toda a família Bennet é fascinante, desde a sra. Bennet que é fútil, superficial e irritante até o sr. Bennet que é irreverente, espirituoso, perspicaz, despreocupado e dono de observações curiosas. Lizzie não fica para trás, não é a protagonista óbvia (obviamente o esperado seria que Jane tivesse mais destaque, e quando digo o esperado me refiro ao que os autores costumam fazer). Jane é bondosa em demasia e bonita na mesma medida, apesar de parecer perfeita não se parece nem um pouco falsa, sendo totalmente verossímel e crível. 

 O livro possui diversas reviravoltas, como disse, Jane brinca com os sentimentos e emoções dos leitores, não se importa de nos castigar com a demora aqui e acolá, com as incertezas constantes e desencontros recorrentes. Assim como na vida ela simplesmente não abre mão de nos surpreender até nas últimas páginas, o que me fascinou.

"Em vão tenho lutado comigo mesmo; nada consegui. Meus sentimentos não podem ser reprimidos, e preciso que me permita dizer-lhe que eu a admiro e amo ardentemente."

 Por possuir esse ritmo mais vagaroso (apesar de não ser, de forma alguma, tediante) a autora consegue delinear um romance forte, vívido, real e convincente. Esqueça aqueles sentimentos instantâneos e amores repentinos que costumamos ler em outros livros, aqui as coisas ocorrem de forma gradual, o que só aumenta a expectativa e envolvimento do leitor com o romance. Não me recordo de já ter lido um romance tão interessante, tão bem caracterizado e escrito. Me envolvi de forma intensa com o casal e senti tantas emoções conflitantes que, no fim das contas, foi como se eu tivesse vivido o romance. Para você ver como a Jane sabe usar as palavras com maestria.

 Falando em Jane, eu já a considero uma de minhas autoras favoritas (se não for a favorita), me encantei por sua escrita, por sua forma de conduzir uma história e já adicionei todos seus outros livros na lista de desejados (e espero ler o mais rápido possível, apesar de ter receio que as histórias escritas por tamanho talento se esgotem logo). 

 Querem saber a verdade? Quando o livro terminou eu fiquei triste, não queria me despedir desses personagens, dessa história tão bem escrita, dessa atmosfera do século XVIII (e olha que nem costumo ler livros históricos), do sr. Darcy (que é absolutamente incrível, sinceramente, se não prezasse tanto pela Lizzie chegaria a considerar a possibilidade dele ser meu) e de todas as coisas que tornam essa história especial, mais do que qualquer outra que já tive a oportunidade de ler. Palavras nunca serão suficientes para expressar de maneira satisfatória a intensidade de minha adoração pela obra, então simplesmente leiam e constatem por si só a qualidade inegável desse livro, se é que já não o fizeram. Afinal ele merece toda a atenção do mundo.

A MENTE BRILHANTE POR TRÁS DO LIVRO

(Obviamente eu não poderia deixar de falar dela, que pouco conheço, mas já admiro muito e leria absolutamente qualquer coisa escrita pela mesma)

Nasceu dia 16 de dezembro de 1775, em Hampshire, na Inglaterra. Filha do reverendo George Austen e de Cassandra Austen, foi a segunda mulher dentre sete irmãos. Quando completou oito anos, foi enviada a um internato – junto de sua irmã Cassandra, sua melhor amiga durante toda a vida – para receber a educação formal. Seu contato com os livros vem do acesso à biblioteca da família, permitido após a volta do colégio interno.

Na adolescência, Austen escrevia comédias, e seu primeiro livro bem acabado foi Lady Susan, escrito em forma epistolar, quando a autora tinha dezenove anos. Em 1797, Austen já havia escrito dois romances, Razão e sensibilidade (primeiramente chamado de Elinor and Marianne) e Orgulho e preconceito (originalmente First Impressions). Oferecidos pelo pai da inglesa a um editor, os livros foram rejeitados. A publicação dos títulos ocorreu só em 1811 e 1813, respectivamente, assinados com o codinome de “uma senhora”.

A proximidade de seus textos com sua vida levam a uma leitura autobiográfica da obra de Austen, e mesmo nunca tendo se casado, acredita-se que Jane teve namorados. Quando jovem, chegou a aceitar um pedido de casamento e, em seguida, fugiu.

Morreu em 18 de julho de 1817, aos 42 anos, vítima do mal de Addison. Deixou inacabado o romance Sanditon. (fonte)

EI, NÃO ACABOU. SEPAREI ESSA PLAYLIST QUE FIZERAM NO 8TRACKS PARA O LIVRO (só músicas boas <3)

only the deepest love from forgood on 8tracks Radio.

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É isso pessoal, espero sinceramente que vocês tenham gostado do post e leiam o livro, sério.

Beijos e até a próxima ^.^