Sobre O Para Sempre de Pedrina e Tunico e a beleza dos livros infantis

 Olá, pessoal! Hoje eu vim fazer uma resenha diferente e falar um pouco sobre meu amor pelos livros infantis. Clique em LEIA MAIS para ver o resto do post! 

 Bem, acho que para explicar meu amor pelos livros infantis, antes eu preciso falar sobre o meu amor por crianças. Sou fascinada pela perspectiva sincera, pura e carismática que elas têm sobre a vida. Nós crescemos e existe, em alguns casos, uma troca de valores. Não falamos mais tudo de forma sincera, não temos mais aquela inocência fascinante e, muito menos, vemos o mundo de forma tão deslumbrada e singela.

 Eu me recordo da infância, de como eu costumava ver as coisas e, constantemente, penso se aquela garotinha perspicaz e inteligente que eu era iria aprovar as escolhas da Gabi mais madura. Eu me julgo constantemente e esse é o primeiro critério que uso na hora de ver se estou satisfeita comigo mesma. 

 Ler livros infantis me lembra dessa época em que eu era despreocupada, em que a vida era muito simples (principalmente porque minha mente não complicava tudo) e que falar o que vinha na minha cabeça não era um pecado e, muito menos, falta de educação. Eu volto a enxergar as coisas mais cotidianas sobre aquela perspectiva ingênua e, muita vezes, esses livros me ajudam a ver o mundo de forma mais descomplicada.

 Por isso que quando vi esse livro no catálogo da Galera Record, com uma sinopse, no mínimo, curiosa e uma capa digna de atenção eu não consegui resistir. Fico feliz que não o tenha feito. 

 A obra conta a história de uma amizade pura e verdadeira que surge entre dois garotos com realidades extremamente distintas. Em síntese, é isso. Fiquei feliz por poder voltar a ver o mundo através dessa ótica tão pura.

 Li o livro em pouquíssimo tempo, menos de trinta minutos, são poucas páginas, todas ilustradas (como se espera de uma história infantil) e me deliciei com uma trama que, acima de tudo, relata e faz tributo a um sentimento como a amizade. 

 Aqui entra outra característica que amo em livros infantis: as lições que eles sempre trazem. É claro que, como adultos, julgamos que certas coisas servem apenas para crianças, porém, na correria do dia-a-dia, esquecemos das coisas mais simples e que, às vezes, são as mais importantes. Os livros voltados para crianças sempre me lembram delas de maneira sutil.

 Também amo a forma que as palavras são usadas, de jeitos que normalmente nem pensaríamos que elas poderiam servir. Elas ganham sentidos e significados diferentes do habitual.

 A lição dessa história em especial é linda, mostra que certas coisas são infinitas mesmo tendo um final. Mostra que os momentos são passageiros, mas os sentimentos que eles nos causam são duradouros e eternos.

 A edição da Galera está incrível. As ilustrações são lindas, a capa é belíssima e não encontrei erros de revisão. Em suma, a obra está de encher os olhos. 

 Eu confesso que gostei muito da história, indicaria não somente para crianças, apesar de ser uma excelente pedida, claro. Mas também aos adultos e adolescentes que sentem falta de ver o mundo por aquela perspectiva que citei no começo da resenha, novamente. Recomendo não somente esse, como outros livros infantis. Eles nos tocam verdadeiramente!

Quotes:

"Histórias extraordinários podem começar de um jeito banal." 

"A alma de Pedrina morava em seus olhos." 

"As coisas acontecem sem pedir licença." 

"Descobri que havia muitas formas diferentes de morrer." 

"O nunca mais pode se transformar em para sempre. É um dos mistérios dessa vida."

Onde comprar:

 Saraiva - Amazon - Livraria Loyola

Espero que tenham gostado!

Beijos e até a próxima!