Resenha - Correr ou morrer

Livro: Correr ou morrer
Autor: James Dashner
Páginas: 426
Editora: Vergara & Riba
ISBN: 9788576832478

Sinopse: Ao acordar dentro de um escuro elevador em movimento, a única coisa que Thomas consegue lembrar é de seu nome. Sua memória está completamente apagada. Mas ele não está sozinho.

Quando a caixa metálica chega a seu destino e as portas se abrem, Thomas se vê rodeado por garotos que o acolhem e o apresentam à Clareira, um espaço aberto cercado por muros gigantescos. Assim como Thomas, nenhum deles sabe como foi parar ali, nem por quê. Sabem apenas que todas as manhãs as portas de pedra do Labirinto que os cerca se abrem, e, à noite, se fecham. E que a cada trinta dias um novo garoto é entregue pelo elevador. Porém, um fato altera de forma radical a rotina do lugar - chega uma garota, a primeira enviada à Clareira. E mais surpreendente ainda é a mensagem que ela traz consigo.

Thomas será mais importante do que imagina, mas para isso terá de descobrir os sombrios segredos guardados em sua mente e correr, correr muito.

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  A Clareira é um lugar misterioso, com muros altos de pedra, um labirinto com paredes que se movem e verdugos que ficam por lá à noite. Neste lugar só moram garotos e a cada trinta dias chega um novo em uma caixa escura, sem se lembrar de nada, apenas do seu nome. Mas tudo muda com a chegada de uma garota, um aviso misterioso e acontecimentos que colocam em risco a vida dos clareanos. A partir deste momento atitudes desesperadas terão de ser tomadas e a vida como os garotos conheciam está prestes a mudar.

  É impossível tomar conhecimento da premissa deste livro e não ficar curiosa pelo enredo e premissa do mesmo. Nesse caso a sinopse me levou à loucura e me atormentou até que eu tivesse esse livro em mãos, lendo e tentando desvendar os mistérios do labirinto, da clareira e, até mesmo, de Thomas.

 

  Eu costumo dizer que sou a louca das distopias, mas há muito tempo uma não me agradava tanto! Há muito tempo eu não acho uma tão original e bem desenvolvida. A trama é maravilhosa, criativa e instigante. O leitor fica o livro todo querendo saber mais e mais, isso torna o ritmo da leitura frenético e nunca entediante! A cada página o autor consegue nos prender a trama e desenvolver de maneira satisfatória a premissa.

 

  Thomas é um protagonista maravilhoso de se acompanhar! Corajoso, determinado e valente. Apesar de ter todas essas características ele não pareceu, em momento nenhum, artificial ou forçado. Muito pelo contrário, eu senti algo de muito humano e real no personagem por toda a sua garra e determinação.

 

  Os personagens secundários são todos originais e, como Thomas, quase palpáveis. É incrível como o autor conseguiu associar características próprias a cada personagem de maneira que, nenhum deles me pareceu semelhante. São pessoas fortes, com defeitos e qualidades, unidas pela mesma motivação. Dentre os personagens secundários, os que mais se destacam são Chuck e Minho (pelo qual eu nutri uma pequena queda).

 

  O autor criou uma trama rica, cheia de mistérios e viciante. A parte mais bacana é que, apesar do livro ser uma série, ele respondeu a maioria das dúvidas apresentadas neste volume e ainda deu um bom gancho para a continuação! Tudo descrito no livro foi pensando nos mínimos detalhes e não é possível encontrar pontas soltas.

 

  A única coisa que me incomodou na trama foi o romance. Achei desnecessário e forçado, realmente acredito que foi o ponto fraco da trama, creio que a maioria dos leitores gosta de um bom romance, mas esse em especial tirou um pouco do foco do protagonista e, em dado momento, nem conseguia mais reconhecer o Thomas do começo do livro.

 

  A edição da Vergara & Riba está simples e bonita. Entretanto, o que mais me chamou a atenção foi, sem dúvidas, a capa. Ela é incrivelmente bonita e traduz de maneira excepcional a trama, atraindo a atenção de um leitor em potencial e despertando a curiosidade de nós que já iniciamos a leitura. Confesso que ao longo da leitura eu parava só para admirar a arte da capa e imaginar melhor a trama.

 

  A tradução foi feita de maneira excepcional! O tradutor foi criativo e criou termos como "trolho", "plong", "verdugos" entre outros que, no início, podem parecer confusos, mas que, com o tempo, já situam o leitor nesse mundo distópico.

 

  Correr ou morrer é uma obra excepcional, cheia de ação, mistérios e diferente de tudo o que você já leu! Esqueça as outras distopias,pois essa aqui vai te fazer perder noites de sono e injetar adrenalina no seu sangue!

 

 

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